Cultura de Segurança dos Alimentos: Como engajar minha equipe?

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A cultura de segurança dos alimentos é um pilar fundamental nas organizações que desejam ter sucesso na fabricação de alimentos seguros. Trata-se do conjunto de regras, procedimentos e atitudes que determinam o comprometimento da empresa com a segurança dos alimentos. Embora pareça algo simples, é muito complexo e abstrato, pois, cumprir procedimentos e normas não basta para obter essa cultura, é preciso atuar na forma como as pessoas pensam, se sentem e agem em relação a segurança dos alimentos!

Quando uma empresa é forte neste aspecto, todos os níveis hierárquicos assumem a responsabilidade, do operador de linha até o diretor, agindo com atenção e cuidado, atento aos perigos, riscos, demonstrando preocupação em manter as boas práticas, a organização do setor e os procedimentos padronizados.

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Antes de pensar em implementar a cultura de segurança dos alimentos é preciso uma equipe comprometida, engajada com resultados e preocupada em entregar um alimento seguro, não por obrigação, mas por que esses são valores pessoais e não regras impostas. Quando a cultura é uma imposição, não acontece quando o líder estiver ausente, a atmosfera se torna punitiva e o objetivo se desintegra rapidamente.

Estratégias para alcançar a segurança dos alimentos

Implementar ações para buscar a cultura de segurança dos alimentos difundida e concreta em todos os níveis, exige persistência, tempo e paciência. Vamos verificar alguns exemplos práticos?

Porque ter cultura de segurança dos alimentos é importante?

  • Reduz riscos de contaminações e perdas de processo, além da exposição negativa da marca no mercado;
  • Fortalece a confiança dos consumidores;
  • Reduz desvios em auditorias de órgãos oficiais, certificadores e clientes;
  • Promove um ambiente seguro com equipe alinhada e engajada com os resultados, cientes do seu papel na cadeia produtiva.

A cultura de segurança dos alimentos se tornou requisito obrigatório para organizações que buscam reconhecimento em certificações de normas GFSI (Global Food Safety Iniciative), trazendo cinco pilares específicos para seu atendimento, envolvendo o tema com exigências concretas para visualização do seu atendimento:

  • Misão e Missão

A visão e a missão de uma empresa comunicam e expressam como ela se posiciona no mercado, quais são os seus valores. Não precisam mencionar especificamente a segurança dos alimentos, mas transcendem como a organização se importa com este aspecto.

  • Pessoas

As pessoas são o componente mais importante e o mais crítico para segurança dos alimentos, suas ações aumentam ou reduzem riscos para a contaminação do alimento. Define-se por “pessoas” todos os envolvidos na cadeia produtiva, desde o produtor no campo até a distribuição e venda. Deve-se trabalhar para criar senso de responsabilidade, atuando com capacitação constante.

  • Consistência

Refere-se ao alinhamento adequado das prioridades relacionadas aos requisitos de pessoas, tecnologia, recursos e processos para garantir a aplicação consistente e eficaz de um programa de segurança dos alimentos. Monitorar o desempenho de forma mensurável é importante para sustentar ações de melhoria contínua. Manter as ações documentadas é outro aspecto importante na construção de um programa de cultura de segurança dos alimentos.

  • Adaptabilidade

É sobre a capacidade da organização de se moldar as influências, mudanças não programadas do meio. Refere-se a capacidade de se preparar, antecipando problemas, de avaliar oportunidades e ameaças e tomar decisões rápidas.

  • Percepção de Perigos e Riscos

Reconhecer riscos e perigos é fundamental para implementação de uma cultura de segurança dos alimentos, manter-se atualizado em relação as novidades de mercado, publicação de legislações, novas tecnologias, etc. Estar atento para que essas informações sejam vistas como “agregando valor” e que sejam compreendidas pelas partes interessadas.  Lembre-se: focar estritamente no atendimento legal pode limitar a ascensão do programa de cultura de segurança dos alimentos.

Considerações Finais

É comum encontrar desafios pelo caminho, pessoas que tratam apenas como mais uma regra a ser seguida, lideranças pouco envolvidas, resistência a mudança de “velhos hábitos”, apreensão para sinalizar problemas. Estes desafios podem ser superados com resiliência, treinamentos claros, bons exemplos e estímulos constantes! É normal que um sistema de cultura de segurança dos alimentos maduro não aconteça de um dia para o outro, portanto, insistir é o segredo para alcançar o objetivo!

Leitura complementar recomendada:

Certificações e normas globais na indústria de laticínios: entenda os impactos e exigências
Entenda como as certificações GFSI, como BRC, FSSC 22000 e IFS, exigem a implementação da cultura de segurança dos alimentos como parte obrigatória do sistema.

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daiane.santos

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