Quando pensamos em nutrição animal, logo imaginamos fórmulas, aditivos e tabelas de nutrientes. Mas será que já paramos para observar como a vaca se alimenta?
Assim como nós, que preferimos pratos bem servidos e apetitosos, as vacas também “comem com os olhos”. O comportamento alimentar delas influencia a quantidade de matéria seca ingerida, a saúde ruminal e, no fim das contas, a produção de leite.
Por isso, não basta fornecer alimento: é preciso oferecer um cocho organizado, atrativo e constante. E, além disso, podemos contar com a ajuda de aditivos naturais, que fortalecem a saúde do rúmen e dão um empurrãozinho extra na produtividade.
Consistência do cocho: nada de “escolher os pedacinhos”
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Uma dieta bem misturada evita que a vaca selecione apenas os ingredientes mais saborosos (como grãos), deixando de lado fibras essenciais.
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Quando o cocho não é consistente, o consumo de nutrientes fica desequilibrado, o que pode reduzir a gordura do leite e até causar distúrbios digestivos.
Pense em uma salada: se a vaca só belisca os tomates e deixa as folhas, a refeição não cumpre o papel.
👉 Nesse ponto, leveduras probióticas podem ajudar. Elas melhoram a digestão da fibra, aumentando o aproveitamento das forragens e garantindo que a vaca tire mais energia de cada garfada.
Qualidade da forragem: comida boa, apetite maior
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Vacas são seletivas: preferem forragens de alta qualidade, bem conservadas e de fácil digestão.
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Silagem mal fermentada, com mofo ou odor desagradável, reduz o apetite.
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Manejo adequado da pastagem e colheita no ponto certo são determinantes para garantir forragens que realmente chamem a atenção do animal.
👉 Aqui entra o alho em pó como aliado: suas propriedades antimicrobianas ajudam a manter o equilíbrio da flora intestinal, reforçando a saúde e o bem-estar do rebanho.
Frequência de alimentação: frescor que atrai
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Oferecer alimento fresco várias vezes ao dia aumenta o consumo e estimula visitas frequentes ao cocho.
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Isso mantém o ambiente ruminal mais estável, melhora a digestibilidade e contribui para maior produção de leite.
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É como um buffet: se a comida é reposta com frequência e sempre parece fresca, a vontade de comer aumenta.
👉 Para completar, o bicarbonato de sódio funciona como um “escudo” contra a acidose, ajudando a tamponar o rúmen e manter a digestão estável, mesmo com refeições frequentes e ricas em concentrado.
Conclusão
A psicologia da alimentação mostra que não é só o que a vaca come, mas como ela se alimenta que define a produtividade.
Quando somamos estratégias simples — como cocho atrativo, forragem de qualidade e frequência de fornecimento — ao uso inteligente de aditivos naturais (leveduras, alho em pó e bicarbonato), temos um rebanho mais saudável e uma produção mais estável.
E lembre-se: cada fazenda tem sua realidade. Consulte sempre um nutricionista ou técnico para adaptar as recomendações à sua propriedade.