Então vamos lá!?
Processamento
01) O QUE É O LEITE LONGA VIDA?
É o leite homogeneizado e ultrapasteurizado (aquecimento de 130-150°C por 2-4 segundos) em processo contínuo com resfriamento imediato à temperatura inferior à 32°C e, envasado sob condições assépticas em embalagens esterilizadas e hermeticamente fechadas.
02) PORQUE NÃO PRECISA FICAR NA GELADEIRA?
As tecnologias citadas anteriormente garantem a ausência de bactérias viáveis (ativas), assim o produto conserva-se até 180 dias antes de aberto sem refrigeração.
03) E DEPOIS DE ABERTO, TEM QUE FICAR NA GELADEIRA?
Sim! Após aberta, a proteção citada anteriormente é perdida e o meio pode contaminar o produto.
04) PRA CONSERVAR, O LEITE UHT PRECISA DE CONSERVANTES?
Não! As tecnologias citadas anteriormente garantem a ausência de bactérias viáveis que são normalmente responsáveis pela deterioração, ou seja, sem conservantes para conservar e sim, apenas tecnologia!
05) NÃO SE USA FORMOL, SODA, ANTIBIÓTICOS OU OUTROS QUÍMICOS PARA CONSERVAR O LEITE?
Mais uma vez, não! Não mesmo. Alguns destes produtos podem ser usados por fornecedores de leite mal intencionados para enganar quanto a qualidade do leite. Existem tecnologias e análises para separar o leite bom do ruim antes de recebê-lo.
06) COMO A EMBALAGEM É LIMPA?
A assepsia da embalagem é feita com água oxigenada (hidroxiperóxido) em banho (TETRAPAK) ou pulverizado (SIG). Mas calma! A embalagem recebe um jato de ar quente para secar o peróxido. Desse forma a embalagem é esterilizada e você fica seguro sem bactérias e sem produtos químicos.
07) E O QUE É O LEITE TIPO A, B OU C?
Esta classificação foi simplificada mas basicamente relaciona-se com a qualidade microbiológica do leite (para esta avalia-se a contagem microbiológica, higiene na ordenha, modo de transporte e armazenamento, e local de beneficiamento). Esta classificação não se aplica ao UHT.
Embalagem Longa Vida
08) QUANDO FOI CRIADA A EMBALAGEM LONGA VIDA?
Na Europa, durante os anos 40. A tecnologia foi aprimorada durante os anos 50.
09) COMO É FEITA A EMBALAGEM LONGA VIDA?
A embalagem é feita de dentro para fora. Dependendo da empresa (TETRAPAK ou SIG) o números de camadas variam. Mas sempre apresentam polietileno, alumínio, papel cartão e polietileno.
a) o polietileno protege principalmente contra umidade e impede o contato com alumínio;
b) o papel cartão confere resistência;
c) e o alumínio protege contra oxigênio, luz e microrganismos.
10) AS EMBALAGENS SÃO ECOLOGICAMENTE CORRETAS?
Sim! Consume-se pouco material de embalagem por volume de produto. Há crescente incentivo de reciclagem, além de pesquisas em processos modernos de separação do material.
11) COMO É ESTA RECICLAGEM?
Pode ser incineração completa com geração energia; separação do papel cartão para fabricar papel e incineração do restante; reciclagem produzindo materiais pré-moldados por termoinjeção (telhas); separação conjunta ou isolada do polietileno e alumínio para reaproveitamento.
12) ALGUM DESTES MATERIAIS CONTAMINA O LEITE?
Não. O leite fica em contato apenas com o polietileno (embora no mercado existam vários produtos que o conteúdo fica em contato direto com o alumínio, mas não é o caso do leite longavida).
Qualidade do Leite Longa Vida
13) O LEITE É DIFERENTE DOS DEMAIS?
Não. O leite LONGA VIDA tem a mesma origem de qualquer outro leite utilizado para fabricar os mesmos produtos: leite pasteurizado (de saquinho), iogurtes, entre outros.
O que muda é o rigor de seleção da matéria-prima que é muito mais alto, pois exige um leite cru de excelente qualidade para ser empregado no processo. Além de altíssimo controle de qualidade interno da empresa, em geral, fábricas que produzem UHT são fiscalizadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) que auxiliam nessa garantia de qualidade.
14) ESTERILIZAÇÃO, ULTRAPASTEURIZAÇÃO E PASTEURIZAÇÃO: QUAL A DIFERENÇA?
O que se denomina LEITE LONGA VIDA (o tal leite de caixinha) não é leite esterilizado. Pois é… A denominação correta é a ultrapasteurização – sistema UHT (Ultra High Temperature), que traduzido seria UAT (Ultra Alta Temperatura). As diferenças entre ultrapasteurização e a pasteurização estão na temperatura e no tempo de processamento: o primeiro é mais temperatura e menos tempo, o segundo é menos temperatura e mais tempo. Em geral, as faixas conhecidas na indústria são 130 a 150°C por 2 a 4 segundos e 72 a 75°C por 15 a 20 segundos.
Essas diferenças de processamento resultam em enorme diferença dos tempos de armazenamento dos produtos (até 180 dias para o leite UHT).
O leite esterilizado é pré-aquecido a 70°C em fluxo contínuo, embalado e esterilizado na própria embalagem à temperatura de 109-120°C por 20 a 40 min, sofrendo um resfriamento a 20-35°C.
15) O LEITE É FONTE DE VITAMINA C?
Não. Qualquer tipo de leite tem pouco vitamina C. Cada copo de leite pasteurizado fornece aproximadamente 2,5 mg dessa vitamina (apenas 4% da necessidade diária recomendada pelo Ministério da Saúde). Quando aquecido ou fervido, não sobra praticamente nada dessa vitamina. Melhor optar por outros alimentos para suprir essa necessidade (suco de laranja atende a 200%, já a goiaba atende 400% da necessidade diária).
16) LEITE VITAMINADO OU COM MAIS CÁLCIO?
Em geral é o leite que recebe dose extra de vitaminas ou cálcio, melhorando o perfil nutricional. É mais comum a adição de vitaminas A, D e do complexo B importante para o desenvolvimento de crianças além de aumentar a resistência a doenças infecciosas.
“As vitaminas hidrossolúveis (soluveis em água) mais conhecidas, as do complexo B e C, são encontradas em grande variedade de alimentos. São muito sensíveis a diversos métodos de processamento de alimentos, inclusive aos caseiros. Por isso a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda uma alimentação variada e equilibrada, constituída de pelo menos 30 alimentos diferentes, incluindo, sal, temperos, óleos e condimentos.”
17) O LEITE DE CAIXINHA PERDE VITAMINAS E MINERAIS DURANTE O PROCESSAMENTO?
Todo tratamento térmico, em qualquer alimento, altera o teor de nutrientes. Uma carne grelhada perde até 20% de vitamina B1. Em geral, na ultrapasteurização, a perda é de 10%.
18) O LEITE LONGA VIDA PRECISA SER FERVIDO?
Não! Na caixinha fechada o leite não tem bactérias.
Nutrição
19) PARA QUEM É INDICADO O LEITE COM BAIXA LACTOSE?
Para pessoas intolerantes à lactose, ou seja, que tem dificuldade de digerir essa molécula. ATENÇÃO: intolerância não é alergia.
Como essas pessoas não tem lactase, a ingestão do leite causa flatulência, mal-estar e diarréia.
É uma ótima solução alimentar para manter uma excelente fonte de cálcio auxiliando no combate à perda de massa óssea.
20) É VERDADE QUE O LEITE É A MELHOR FONTE DE CÁLCIO?
Sim. Além de mais concentrado, laticínios dispõe um tipo de cálcio melhor aproveitado pelo organismo.
21) QUANTIDADE MÍNIMA
Essa recomendação não existe, mas é estabelecido a necessidade diária de nutrientes divulgado pelas autoridades de saúde de alguns países. Daí você pode fazer as contas, por exemplo as necessidades diárias de cálcio para um adolescente de 11 a 18 anos é algo em torno de 1000mg, suprido facilmente com 05 copos de leites durante o dia.
22) O LEITE PREVINE OSTEOPOROSE?
Sim, pois é uma das melhores fontes de cálcio – nutriente essencial para a formação dos ossos. Contudo a forma mais adequada de prevenção é um consumo adequado de cálcio durante toda a vida.
23) PESSOAS MAIS VELHAS PRECISAM TOMAR LEITE?
Sim! Nesse fase é muito importante proteger os ossos contra os desgastes. Leites enriquecidos com esse mineral pode ser uma boa solução para suprir as necessidades ingerindo um menor volume. A dose do leite comum fica em torno de 05 copos para suprir a necessidade de cálcio.
24) A PARTIR DE QUAL IDADE A CRIANÇA PODE TOMAR LEITE LONGA VIDA?
Em geral, após 01 ano a criança já não está mais se alimentando no seio e inclusive já se alimenta de outras fontes. Assim o leite longa vida pode ser inserido. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o leite materno faça parte da alimentação até os 02 anos de idade.
Os mais indicados são os enriquecidos principalmente com ferro, pois a carência desse mineral está presente em mais da metade das crianças brasileiras.
Fonte: Associação Brasileira de Leite Longa Vida